Ontem foi a vez do Walk the Line e confesso que não tinha grande vontade de ir ao cinema. Ando cansada, não consigo e não tenho tempo para descansar...tenho andado sempre a abrir.
A curiosidade pela vida de Johnny Cash não era muita. COmo todos os artistas que se prezam deve ter tido uma vida de bebado, de drogado e com muitas mulheres à mistura. O enredo em nada me surpreendeu portanto... o que me surpreendeu foi o desempenho dos actores principais: Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon. Estão simplesmente genial, fabulásticos, os melhores dos melhores....estão formidáveis.
Não admira que estejam nomeados para os óscares.
Por mim o Joaquin já podia levar a estatueta para casa sem contar com a concorrência porque canta bem, actua ainda melhor e conseguiu (finalmente) afirmar-se como actor principal, vestindo a personagem de uma figura mitica da música.
O enredo não foge muito dos filmes deste género biográficos, mas o inicio e o final são arrebatadores com aspectos curiosos de realização pelo meio. Gostei do filme muito, mas não o acho merecedor do oscar para melhor filme.
Como disse, este mês tem sido muito rico em estreias e em idas as salas de cinema. Apesar de ter bilhetes para o Brokeback Mountain, acabei por não poder ir e assim, compensei com o Munique do Sr. Spielberg e pela segunda vez prometi a mim mesma não voltar ao cinema para ir ver os belos dos filmes deste senhor. Uma desilusão completa. Não esperava muito, o actor está bem, o enredo é interessante....mas está muito documental. O realizador (que já foi acusado de ter aldrabado nos factos), expõe os factos, mostra o sucedido e o papel da Mossad e do terrorismo, mas erra na falta de essência que dá o sumo ao filme. Ou seja, deixa-nos retirar as nossas próprias conclusões, mas deixando muito em aberto o que está certo ou errado, um atrofio após quase 3 horas de filme, uma pena.
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